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123 - O triciclo da infância com final trágico.

123 - O triciclo da infância com final trágico.

 123 - O triciclo da infância com final trágico.

Recordar é viver: 62 anos depois...

 Odalberto Domingos Casonatto

 

Nos primeiros anos de minha infância morei no distrito de Evangelista, município de Casca, onde meu pai Olindo Casonatto, montara um bodegão na beira da estrada que conduzia Passo Fundo a Porto Alegre, (minha mãe era artista na arte de vender, pois conhecia cada freguês depois de ouvir “duas palavras”, atendeu e administrou o bodegão de seu Pai, com o falecimento de sua mãe aos 42 anos deixando 11 filhos pequenos, na linha 17 interior do município de Guaporé na época). Neste bodegão por estar na beira da estrada tinha até um posto de Gasolina (isto é só uma bomba de Gasolina movida a manivela). Nesta época da minha infância fui presenteado por meu pai com um triciclo, que passou ser meu companheiro nas andanças da calçada ao redor do bodegão. Quando chovia tinha muito espaço no interior, onde podia circular sem problemas, nunca ninguém implicou por andar com o triciclo no interior da loja.

Na década de 40 e 50 surge um novo Eldorado, “a frente de colonização do Paraná”, todos queriam ir para o Paraná, com terras, férteis muita madeira, tudo a construir. Semanalmente partiam caminhões com mudanças e famílias inteiras para iniciarem uma nova vida no Paraná. Era cidades como Francisco Beltrão, Clevelândia, Pato Branco, que nasciam etc. Da vila de Evangelista se mudou a maior parte da população para o Paraná. Os irmãos da mãe também apostaram em serrarias no Paraná. Desmontaram as Serrarias que tinham, colocaram sobre os caminhões e levaram para o Paraná, para explorar o comércio da madeira. Outros tentaram cortar os últimos pinheiros na região de Vacaria, mas em seguida foram para o Paraná.

Meu pai vendo, seu bodegão esvaziando resolveu ir arriscar a vida no ramo da hotelaria em Vacaria. Pensava inicialmente num posto de Gasolina na BR 116, estrada federal de Porto Alegre a São Paulo mas este plano se desfez, foi feita só a terraplanagem para ser estabelecido um Posto de gasolina.

Partimos para Vacaria, eu estava com seis anos de idade, e não me desfiz do meio de locomoção, o triciclo. Lá foi o triciclo amarrado encima do caminhão, GMC, Marítimo, pertencente ao vizinho que possuía serraria, e fizera o favor, do transporte da mudança. O trajeto foi por Casca, Campo do Meio, Lagoa Vermelha e chegamos pela tarde em Vacaria.

Em seguida meu Pai alugou o restaurante do Hotel Real, no centro da cidade. Para lá fomos morar. Foi cedido um quarto do Hotel para meus pais, e irmã. Eu e meu irmão fomos dormir embaixo da escada que conduzia ao segundo andar.

Para mim, tudo continuava igual, peguei o triciclo e novamente comecei a pedalar. Só que agora era no centro de Vacaria. Aos poucos me adaptei a calçada e ali andava, aos poucos fui até a esquina onde existia o Café Central, ponto de reunião da cidade. Os fazendeiros, compravam e vendiam seu gado, faziam comércio, boca a boca. Jamais tinham percebido uma criança de 6 anos circular entre eles de triciclo em velocidade.

A reclamação dos fazendeiros aconteceu em seguida. O Pai era muito conhecido, pois levava, as refeições aos que jogavam baralho a noite inteira na casa de jogos. As reclamações começaram a chegar e ele passou a ouvir “como teu filho anda com triciclo na calçada”. Meu Pai ficou receoso em perder seus clientes se não tomasse providências com o filho circulando com o triciclo na calçada.

Primeiro foi uma advertência de meu Pai, incisiva e direta: não deves mais andar com o triciclo na calçada. Mas eu como criança queria um lugar para andar não longe dos olhos de meus pais, voltei a andar na calçada. Voltaram as reclamações e aconteceu o final foi trágico, para o triciclo. Meu Pai em fúria, pegou o triciclo e despedaçou na minha frente, terminando a brincadeira. Não foi só isto, mas também tive que aguentar uma surra homérica.

Está tragédia da perda do triciclo na minha infância nunca mais foi comentário na minha casa, ficou apenas na lembrança e nos sonhos mal dormidos em que lembrava o triciclo tornando-se ferros retorcidos.

Penso que meu pai se remoeu muitas vezes, do desatino e passados 30 anos, ele me falou vou presentear-te com uma Bicicleta. Assim aconteceu. Se dirigiu a casa Arno, 20 metros de onde eu circulava com triciclo e comprou uma Bicicleta, Monark, barra circular. Tenho ela até hoje, só os pneus foram trocados várias vezes.

Estes são os fatos acontecidos na infância, cada um tem os seus, que depois alimentam a imaginação durante toda a vida.

 

A alegria de andar no novo triciclo em 1953 na calçada do bodegão em Evangelista - Guaporé

 

 

 

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