Bíblia Perguntas e Respostas.

54 - Conferência Climática de Durban 2011.

 Prof. Dr. Odalberto Domingos Casonatto

Será que esta Conferência que terá seu início no final de Novembro na África do Sul em Durban seguirá os passos da desastrosa Conferência de Copenhague (2009) e de Kioto (2010) ? Ela está caminhando para uma recessão histórica.

No dia sete de outubro na cidade do Panamá terminou mais um encontro de preparação para a Conferência Anual das Nações Unidas sobre mudança climática que tem seu início marcado no fim de novembro em Durban, na África do Sul. Nesta reunião do Panamá mais uma vez, os sinais foram desanimadores para aqueles países que torcem por um acordo para cortar emissões de gases que provocam o efeito estufa e assim limitar o aquecimento da Terra nas próximas décadas.

Entretanto tudo continua do mesmo jeito os países ricos insistem em abandonar o protocolo de Kyoto, e mais ainda exigem compromissos dos grandes países em desenvolvimento como a China e a Índia e por outro lado os países mais pobres insistem em segurar as decisões de Kyoto e ainda mais exigem maiores investimentos para adaptar-se às mudanças do clima e se desenvolver de forma limpa. Para complicar mais ainda é que o mundo parece estar à beira de uma recessão de proporções históricas. Devido a isto pensar em futuro climático do planeta parece que se quer demais.

Dentre tantos motivos que desencoraja as nações a pensar neste assunto consideremos alguns:

- O dinheiro. Sim devemos falar nele nestes tempos de crise mundial. Dinheiro. A expectativa de países pobres acertadas durante a Rio 92 de "responsabilidade histórica" (a responsabilidade é de todos), mas aqueles que mais poluíram têm que arcar com as maiores conseqüências é dispor novos financiamentos. Entretanto estes financiamentos não chegam. Qual o pais que vai liberar novos fundos enquanto enfrenta desemprego e estagnação na própria casa?

- O protocolo de Kyoto. Foi criado para combater as mudanças do clima e esta vencendo no fim do ano que vem. O problema é que os Estados Unidos não ratificaram Kyoto, passando assim o compromisso para os outros países e ninguém, quer que a situação continue assim.

O Japão quase parou as negociações ao dizer que estaria fora de um segundo período de compromisso sob Kyoto, voltando atrás relutantemente.

As pesquisas estão indicando para onde caminharão as conclusões da próxima reunião das Nações Unidas sobre mudança do clima em Durban, África do Sul. Ainda estamos pasmados a respeito das decisões de Copenhague que foram um fracasso. Neste momento as entrevistas mostram que os países que mais poluem o planeta são os que nenhuma preocupação possui com o acontecimento. Parece que o que esta valendo é o velho ditado, quem tem todas as condições para desfrutar dos bens da vida, conforto, bons salários, consumismo exasperado, são os que não irão se preocupar se este modo de vida vai afetar o clima mundial. Jamais deixarão de andar de automóveis, possuindo dois ou três deles, usarem a energia sem restrições etc.

A humanidade somente mudará se de fato existir uma barreira intransponível como um limite insuperável. As usinas elétricas nucleares japonesas, todos sabem que são um risco, mesmo assim estão novamente sendo ativadas. Se morrerem mais alguns no futuro estas pessoas não serão contadas.

O embaixador argentino Jorge Arguello afirmou no Panamá, que "o único resultado significativo para Durban é a continuação de Kyoto".

Será que Durban vai marcar o fim de Kyoto ou ate mesmo o final das negociações como um todo? Ou qual será a terceira via? Vamos esperar para ver.