48 - Visita do Presidente Barak Obama ao Brasil.
48 - Visita do Presidente Barak Obama ao Brasil.
Prof. Dr. Odalberto Domingos Casonatto
Fomos agraciados com uma rápida visita (final de semana) do Presidente norte americano) sua família e comitiva econômica a cidade de Brasília e ao Rio de Janeiro. No sábado pela manhã, presenciamos sua chegada na Base Aérea de Brasília, em seguida deslocou-se para o Hotel e às 10 horas já estava em reuniões. Demostrou uma determinação muito grande, uma simpatia a toda prova, percebido em seu olhar e vontade de cumprir a agenda estabelecida a risca sem perder algum minuto. Sabemos quanto é cansativa uma viagem noturna aérea, pelo barulho da aeronave, troca de fusos horários e horários diferenciados para serem cumpridos. Que o Presidente Obama conserve esta disposição ao trabalho em suas visitas oficiais.
Fora isto não devemos sonhar com vantagens na visita de Obama. Foi uma visita histórica, um presidente negro a um país, o Brasil, com parte expressiva e significativa de sua população de origem afro-descendente. Este é um fator significativo. As imagens da TV mostraram a chegada do Presidente, sua família, e comitiva econômica. A presença impar de sua esposa na visita compensou a frieza da segurança americana que suspendeu o discurso público de Obama, na Cinelândia no Rio, palco das maiores manifestações políticas brasileiras. Restou a fala de Obama para um milhar de pessoas escolhidas no Teatro Municipal. O ideal seria uma fala pública de Obama na Cinelândia do Rio de Janeiro. Tivemos que pagar por fatos e acontecimentos que causam medo e preocupações a qualquer esquema de segurança. Infelizmente é a consequência por atitudes que obscurecem os relacionamentos humanos.
Esta visita será, outrossim, uma reaproximação depois de divergências de Busch com a política externa do governo Lula. Perguntamo-nos e também todos os jornalistas que faziam a cobertura da visita o porquê que o ex-presidente Lula não esteve no almoço oficial e nem mesmo o atual vice Presidente Temer encontravam-se outros ex-presidentes, como Fernando Henrique Cardoso, Sarney etc. Não foi ouvida uma resposta satisfatória. Mas o pensamento americano quanto aos negócios, não devemos nos iludir, não irão mudar. Continuará sempre com a mesma batida autoritária, proteger seus produtos e pagar “preço de banana” o que importam. O modo de negociar feito até hoje irá continuar. Aquilo que prejudica transações comerciais existe taxa que os protege.
O jornal norte americano “The New York Times”, argumentou que a viagem de Obama à América Latina foi "ofuscada desde o início" pelos acontecimentos na Líbia, e a reação para defender os opositores do ditador Muammar Kadafi. Falando dos acordos estabelecidos na visita o Jornal argumenta: Os responsáveis pela administração de Obama previam os benefícios econômicos para os EUA, nesta visita de Obama ao Brasil. Sua equipe econômica feichou varios acordos econômicos importantes.
O “Wall Street Journal” em seu editorial, considerou a visita de Obama ao Brasil "importante". Uma das razões de Obama ter visitado ao Brasil são os “interesses geopolíticos compartilhados pelos Estados Unidos com a maior democracia da América Latina”
Muitos vêem nesta viagem oportunidade para novamente salientar a influência norte-americana na região uma vez que o ex-Presidente George W. Bush se omitiu. Resultou da visita assinaturas de uma serie de acordos entre as duas nações e a redução de barreiras comerciais.
Sabedores das recentes descobertas de petróleo na costa brasileira os americanos se propõem ajudar o Brasil com tecnologia e apoiar o desenvolvimento dessas reservas de petróleo de forma segura e de serem um dos seus melhores fregueses no futuro.
A grande página em branco da visita foi a omissão de tratativas sobre a questão do meio ambiente. Parece que propositalmente pouco se falou do Meio Ambiente, e que o USA polui assustadoramente a atmosfera tendo uma grande dívida para com a humanidade. Sabemos muito bem da posição americana quanto ao aquecimento global, o efeito estufa, que comprometem a humanidade. Mas até hoje nada de prático e concreto foi estabelecido. Pelas conclusões das Conferências Mundiais, teremos que esperar por muito tempo. A não ser que algum acontecimento muito grave faça com que os países poluidores da atmosfera mudem de pensamento.